domingo, 26 de setembro de 2010

Gestão do conhecimento no ensino de computação.

Um dia desses, eu estava sentado no sofá e fiquei imaginando como o ensino de computação nas organizações ou instituições de ensino poderiam ocorrer de forma mais eficiente.

O fato é que nosso modelo de ensino de computação atual, nas faculdades por exemplo, assume um processo de aprendizagem medieval e muito formal. Geralmente os alunos são avaliados através de provas que por sua vez é uma avaliação individual. A colaboração e o trabalho em equipe não são levados em consideração nesse contexto, distanciando assim os alunos do cotidiano profissional que está por vir. Em minha opinião, este é um processo que deve ser completamente repensado (geralmente o trabalho colaborativo nas instituições de ensino é chamado de “cola”).

A evolução da tecnologia e a demanda crescente de conhecimento evolui muito rápido. Os métodos atuais de difusão do conhecimento não acompanham a velocidade dessa evolução. Minha sugestão para esse problema é a adoção da “dinâmica das comunidades open source” para o ensino de computação. O mundo open source é composto por comunidades que são auto-organizadas e incentivam a disseminação do conhecimento de maneira informal. Sem dúvidas, elas são um excelente exemplo de como distribuir conhecimento de forma sustentável para produzir um código de qualidade.

Além da questão da aprendizagem, um outro fator importante é o trabalho de colaboração existente no mundo open source. Trabalhar em grupo significa compartilhar conhecimento. Geralmente, um grupo tem mais capacidade de gerar criativamente alternativas, levantar as vantagens e desvantagens de cada uma, selecionar as viáveis e tomar melhores decisões do que os indivíduos separadamente. Trabalhar em grupo também traz motivação para o membro, pois seu trabalho vai estar sendo observado, comentado e avaliado por pessoas de uma comunidade da qual ele faz parte. Quando um indivíduo expressa ideias para poder se comunicar com outros, ele trabalha ativamente seus conceitos, refletindo sobre os mesmos e refinando-os, trazendo uma melhoria à qualidade do trabalho e do aprendizado.

A pergunta que sempre fica em minha mente é: o que falta para isso acontecer no ensino de computação?
Sinceramente, eu mesmo não sei a resposta. Mas, com certeza, já deveria está acontecendo na velocidade da luz (Me dê sua força, Pégasus).